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A vida não tem hora extra.

  • Foto do escritor: profmarcioviegas
    profmarcioviegas
  • 15 de abr.
  • 2 min de leitura


Maioria dos brasileiros quer trabalhar menos e viver mais, mostra pesquisa



Campanha da CUT-RS, “A vida não tem hora extra”, defende jornada reduzida e melhores salários como caminho para mais qualidade de vida, saúde e geração de empregos.


Uma pesquisa realizada pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados revela que 65% dos brasileiros são favoráveis à redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais. Apenas 27% são contrários, enquanto 5% não são nem a favor nem contra e 3% não souberam responder.


O levantamento foi feito entre os dias 10 e 15 de janeiro de 2025, com entrevistas presenciais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos em todas as 27 unidades da federação. Os resultados indicam um forte desejo da população por uma reorganização do tempo de trabalho e vida.


Segundo os entrevistados, os principais benefícios da redução da jornada seriam:

  • Melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores (65%)

  • Aumento da produtividade (55%)

  • Desenvolvimento social do país (45%)

  • Desenvolvimento econômico (40%)

  • Aumento da lucratividade das empresas e indústrias (35%)

 

Esses dados dialogam diretamente com a campanha lançada neste ano pela Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS)“A vida não tem hora extra”. A iniciativa defende que reduzir a jornada sem reduzir salários é essencial para combater o adoecimento mental, enfrentar a dupla jornada das mulheres, gerar mais empregos e melhorar a qualidade de vida da classe trabalhadora.

A campanha denuncia a cultura do cansaço e o avanço de uma sociedade exausta, na qual trabalhadores e trabalhadoras são pressionados a produzir mais em menos tempo, sacrificando saúde física e mental, convivência familiar e até o direito ao lazer.


Já em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe uma jornada semanal de 36 horas — com quatro dias de trabalho e três dias de folga, sem redução salarial — 63% dos entrevistados se disseram a favor. Outros 31% se posicionaram contra, 4% ficaram neutros e 3% não souberam opinar.


Se a jornada fosse de fato reduzida, 47% afirmaram que usariam o tempo livre para conviver mais com a família25% cuidariam da saúde22% buscariam renda extra e 17% investiriam em cursos ou formação profissional.


CUT-RS reforça que a pauta da redução da jornada não é apenas uma bandeira sindical, mas uma luta por uma sociedade justa. A campanha “A vida não tem hora extra” quer mobilizar sindicatos, movimentos populares e toda a sociedade para garantir o direito de viver com dignidade, descanso e tempo de qualidade.

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