Balanço da greve geral do dia 14 de junho.

Estima-se que mais de 45 milhões de trabalhadores se envolveram com a greve geral do dia 14 de junho. Foram registradas paralisações e manifestações em todo o Brasil, nas grandes capitais e em mais de 380 cidades. Os trabalhadores foram para as ruas contra a Reforma da Previdência, por empregos e em defesa da educação.

Em Porto Alegre, embora toda a truculência da tropa de choque da Briga da Militar nas garagens de ônibus durante a madrugada, trabalhadores e estudantes não se intimidaram com a violência absurda e, no início da noite, mais de 50 mil pessoas tomaram as ruas do centro de Porto Alegre fortalecendo o desfecho do dia da greve geral.

Em cima do caminhão de som, dirigentes das centrais sindicais e representantes de movimentos sociais revezaram o microfone, denunciando a proposta cruel do governo Bolsonaro, pois, se for aprovada no Congresso Nacional, significará a destruição da aposentadoria e o desmonte da Seguridade Social.

Embora na Comissão Especial da Reforma da Previdência o relator tenha retirado as mudanças no Benefício da Prestação Continuada (BPC), na aposentadoria rural e também da capitalização da previdência, a proposta continua muito ruim. Além disso, não se pode confiar nessas mudanças, pois o governo pode tentar manobra para incluir novamente os itens na pauta.

Em Guaíba, as mobilizações começaram em piquetes, que atrasaram em duas horas a saída das garagens dos ônibus que fazem as rotas até Porto Alegre. Posteriormente, ocorreu marcha, partindo da Prefeitura até a Praça da Bandeira (Gastão Leão), no centro da cidade. A marcha foi organizada pelos sindicatos dos trabalhadores do município e sindicato dos servidores públicos estaduais durante a manhã.