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Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018



O ano de 2017 foi atípico na vida dos trabalhadores brasileiros. Com a aprovação no Congresso Nacional da terceirização e da nova CLT, muda completamente a correlação de forças entre patrões e empregados. Pouco ou quase nada beneficia o trabalhador, diria até: foi tão covarde a aprovação da nova CLT, que Empresas não sabem o que fazer com o parcelamento de férias em três vezes e desempregados que por ventura forem contratados na modalidade “intermitente” terão que arrumar um bico para poder completar o pagamento de seu INSS, afim de que possam num futuro muito distante receber um salário mínimo.

Se o governo e o parlamento estivessem mesmo preocupados com geração de empregos diminuiriam a burocracia para abrir novas Empresas. Mas, o que se viu de fato foi à submissão por parte de Deputados Federais e Senadores de partidos de direita em atender as demandas de empresários que exigiam mudanças e que estavam apoiados fortemente pela grande mídia.

Em Guaíba e Eldorado do Sul tivemos apenas a reposição do INPC com um abono. Além das incertezas com relação ao que poderia acontecer a partir do dia 11 de novembro de 2017 – quando entraria em vigor a nova CLT – a maior Empresa de nossa base estava parcialmente parada. A Direção do SINPACEL reuniu-se com seu Departamento Jurídico e, diante de um quadro completamente desfavorável, na dúvida, optou por não perder direitos conquistados a duras penas, levando a proposta patronal para uma Assembleia em que os trabalhadores decidiriam se aceitavam ou não a mesma. Sabemos que não foi a melhor negociação, mas temos todo o ano de 2018 para estudarmos formas de uma melhor negociação. Queremos avançar sem colocar em risco conquistas importantes da nossa categoria.

Sempre falo para pessoas que odeiam política, que não é preciso gostar, mas é imprescindível que acompanhem minimamente o que acontece no Congresso Nacional para que, em outubro de 2018, não elejam quem votou contra elas durante os últimos quatro anos. Como é possível um trabalhador, um aposentado ou um aposentando colocar de volta lá onde batem os tambores, gente que sabidamente irá legislar contra o povo, atendendo exclusivamente seus interesses, e os interesses de uma elite sabidamente egoísta?

“Por fim, desejo a toda categoria papeleira, trabalhadores e familiares: um Feliz Natal, e um ano novo que nos traga realizações e esperanças de uma vida melhor”.

Renato Maia

Diretor de formação sindical


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