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Fespam amplia abrangência do Mercosul para toda a América Latina, sendo revitalizada por brasileiros, argentinos e uruguaios.


A Federação do setor de celulose e papel do Mercosul – FESPAM foi revigorada em Congresso realizado nos dias 4 e 5 de junho de 2024, realizado em Itapema – SC, na sede da FETIESC. Durante a programação do Congresso, que aprovou novo estatuto, eleição e posse da nova diretoria, foi debatido com apresentação de economistas de cada país, suas conjunturas, seus históricos econômicos e das dificuldades e perspectivas da classe trabalhadora e referente ao setor de celulose e papel da região.


O economista José Álvaro Cardoso, do DIEESE, pontuou a importância do setor de celulose e papel nacional para o Brasil e o mundo, cuja geração de receita fica em torno de R$250 bilhões, gerando 536 mil empregos diretos e 1,5 milhão indiretos na cadeia produtiva. Destes, apenas 200 mil são trabalhadores formais. Da Argentina o economista Arnaldo Ludueña trouxe as informações após a eleição do ultradireitista Milei, cujo programa de governo é redução do custo laboral, reforma trabalhista, retirada de direitos, todos contrárias à classe trabalhadora. Destaca o papel importante dos Sindicatos dos Trabalhadores em fazer parte do bloco de resistência contra esse programa que aumenta a pobreza no país, a exemplo do que ocorreu no Brasil, durante o governo Bolsonaro.  O professor uruguaio Washington Cayaffa trouxe questões referente ao governo liberal desde 2020 de Lacalle Pan, que promoveu cortes do Estado, queda dos salários, perdas de direitos, aumento da pobreza e falta de plano nacional para a indústria uruguaia como um todo.


Todos os pontos discutidos convergem para a necessidade para a unicidade sindical da região como elementos “tático e estratégico” para combater a fragmentação sindical e o enfraquecimento da classe trabalhadora.


O Congresso, com a presença de cerca de 200 dirigentes sindicais representando Brasil, Argentina e Uruguai, aprovou a ampliação da abrangência da FESPAM, do Mercosul para toda a América Latina e todo seu plano de trabalho.


Por unanimidade, Idemar Antonio Martini, do Brasil, foi eleito presidente da FESPAM, tendo na vice-presidência, José Ramón Luque, da Argentina; Carlos Gustavo Correa Fagundes, do Uruguai, e Walter Tomaz Fogaça de Oliveira, também do Brasil. Na Direção por país, João Caldas foi eleito representando o Brasil. Na Secretaria Geral, o brasileiro José Roberto Campos (Betinho).

O SINPACEL-RS teve representação no Congresso da FESPAM, com a presença do presidente Walter Fogaça e dos dirigentes Charles Chagas, Alekysan Martins e Angelo Wrague.




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