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Kimberly fecha as portas e contribui para o desemprego no país.

Depois de mais de 20 anos de exploração dos seus empregados, a americana Kimberly-Clark anunciou o encerramento das atividades em Eldorado do sul. Alegando redução na demanda dos produtos fabricados na unidade de Eldorado, a empresa informou que até o mês de maio deste ano encerra totalmente suas atividades no Rio Grande do Sul.

A Kimberly alegou que tem ocorrido redução nas vendas de seus produtos - absorventes femininos - nos últimos anos, nos estados do Rio Grande do sul e Santa Catarina. E que, atualmente, somente 25% da produção é destinada para esses estados, os outros 75% da produção têm que ser transportados para as regiões Sudeste e Nordeste. Alega a empresa que o custo com logística reduziu a margem de lucro e isso foi determinante para a decisão do fechamento da fábrica aqui.

A Kimberly possui cinco unidades no Brasil e durante muitos anos a unidade de Eldorado foi a mais rentável, muito por conta dos baixos salários e dos parcos benefícios que concedia a seus empregados. Essa condição perdurou por muitos anos, até junho de 2014, quando o SINPACEL recebeu a autorização do Ministério do Trabalho para representar os trabalhadores daquela unidade. De lá para cá a direção do Sindicato vinha se empenhando para melhorar as condições salariais e de benefícios dos empregados, assim como as condições de trabalho.

A direção do SINPACEL lamenta a decisão da Kimberly-Clark, de fechamento da unidade de Eldorado. Na avaliação de João Caldas, presidente do SINPACEL, “esse é um caso que tem que ser melhor avaliado do ponto de vista dos incentivos aos estrangeiros que instalam suas fábricas aqui. Normalmente, essas empresas vêm para explorar as condições ambientais, poluir o ambiente e explorar a mão-de-obra barata, levando daqui grandes fortunas, deixando muitos trabalhadores adoecidos, lesionados e até mortos”, alerta.

Assim como a Kimberly, diversas empresas resolveram desligar parte de seus empregados, contribuindo para a alarmante taxa de desemprego que alguns analistas projetam chegar a 20 milhões de desempregados em breve. Desde 2016 a empresa vem parando máquinas e reduzindo os postos de trabalho. Quando o sindicato passou a representar a categoria eram 393 empregados. Até o mês de maio, quando a empresa fecha as portas, serão demitidos 260 trabalhadores.

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