top of page

Médico do Sinpacel integra equipe que pesquisa os chamados superidosos.



O objetivo do grupo, que é formado por pesquisadores da USP, UFMG e PUC-RS, é desvendar os segredos dos cérebros de alguns idosos que, com mais de 80 anos, mantiveram desempenho cognitivo de pessoas 30 anos mais jovens. O médico Wyllians Vendramini Borelli, que atende aqui no Sinpacel, é do Programa de Pós-graduação em Medicina e Ciências da Saúde da PUCRS e integra o projeto. Em linhas gerais, as pesquisas indicam que manter a mente ativa, ser sociável e otimista, pode ser o caminho para o desempenho desses superidosos.

O constatado envelhecimento da população brasileira, e, por consequência, o aumento do número de pessoas com mais de 80 anos, despertou o interesse dos pesquisadores, que buscam entender o que faz os cérebros dos superidosos serem mais resistentes aos efeitos do tempo. Essa investigação, para além das suas descobertas, pode dar pistas de como prevenir ou adiar quadros de demência e até mesmo o Alzheimer.

Em entrevista ao Estadão, Ricardo Nitrini, professor titular de Neurologia da USP e participante do projeto, apontou que: “Estudar isso abre a perspectiva de saber se essa característica é mero acaso ou se há algo ao longo da vida que fez com que esses superidosos obtivessem um envelhecimento bem-sucedido. Queremos saber se é só genética ou se há algo mais. Em vez de se estudar só os indivíduos com demência e ver o que de ruim fizeram, a ideia é pegar um indivíduo que está bem e descobrir o que de bom ele fez”, destaca.

A PUC-RS foi a primeira instituição a iniciar os estudos com superidosos, no ano de 2015. E já trabalha com dez pacientes de alto desempenho cognitivo. O grupo dos gaúchos é liderado pelo neurocientista Jaderson Costa da Costa, diretor do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul. E nosso médico, o Dr. Wyllians Vendramini Borelli, faz parte.

Com as investigações no Brasil e no exterior, já há algumas pistas sobre as características dos idosos de alto desempenho. Algumas áreas do cérebro relacionadas a memória e motivação, por exemplo, são mais desenvolvidas ou ativas nos superidosos. E na parte comportamental, eles são, na maioria, ativos, otimistas e sociáveis. Entre os voluntários é presente uma boa capacidade de criar laços, o gosto por viagens e uma vida mais saudável.

O grupo de pesquisa continua buscando novos participantes para integrar o projeto. Quem tiver interesse deve enviar e-mail para memoriapucrs@gmail.com ou entrar em contato direto com o SINPACEL.



3 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page