Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo DIEESE, indicaram que os preços do conjunto de alimentos básicos necessários à alimentação de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/38) aumentaram em oito capitais e diminuíram em nove, em relação a abril.
Em São Paulo, única capital onde foi realizada coleta presencial, a cesta custou R$ 556,36 e quase não apresentou variação (0,02%) na comparação com o mês anterior. No ano, o conjunto de alimentos aumentou 9,84% e, em 12 meses, 9,72%.
Com base na cesta de maior valor, ou seja, a do Rio de Janeiro, que custou R$ 558,81, o DIEESE estima que o Salário Mínimo necessário deveria ser de R$ 4.694,57 em maio, o equivalente a 4,49 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em maio, foi de 100 horas e 58 minutos, menor que em abril, quando ficou em 101 horas e 44 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5%, a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, na média, 49,61% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em abril, o percentual foi de 50%.
Porto Alegre | Valor da cesta: R$ 518,63 | Variação mensal: -1,59% | Variação ano: 2,44% | Variação em 12 meses: 4,54%
Fonte: DIEESE.
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