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Plenária Estadual da CUT-RS apoia candidaturas de dirigentes sindicais nas eleições municipais.


Em Plenária Estadual realizada no dia 3 de outubro, a CUT-RS reforçou o apoio e o comprometimento com as candidaturas de dirigentes sindicais a prefeito, vice, vereador e vereadora nas eleições municipais de 15 de novembro, para fortalecer a luta no campo institucional contra as políticas neoliberais dos governos de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e Eduardo Leite (PSDB).


“A eleição é uma disputa de narrativa sobre o rumo que queremos dar para o país. Nós somos a geração dos militantes que podem fazer a diferença. Não temos tempo a perder”, disse o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Ele destacou que várias câmaras não possuem representantes dos trabalhadores, o que dificulta a busca de apoio para as lutas sociais. “Vamos nos colocar à disposição dos candidatos para integrar a coordenação da campanha. Não vamos fazer de conta. Vamos criar redes de WhatsApp. Não podemos ter receio de fazer contatos, mostrar as diferenças de projetos e pedir votos com muita garra”, salientou Amarildo.

O encontro, que ocorreu de forma virtual, através da plataforma Zoom, contou com quase 300 participantes e foi aberto com as análises de conjuntura do senador Paulo Paim (PT-RS), da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Houve também uma homenagem póstuma aos trabalhadores que perderam as suas vidas durante a pandemia do coronavírus. Além disso, foram lembrados os profissionais da saúde que, mesmo sem testagem e arriscando as próprias vidas, não medem esforços para cuidar das pessoas e recuperar os infectados. Os trabalhadores da alimentação, da agricultura familiar e demais serviços essenciais foram igualmente lembrados.

Reforma administrativa é o desmonte do serviço público.

O senador dos gaúchos e do povo brasileiro apontou os problemas que os trabalhadores estão enfrentando, como a falta de renda e a dificuldade de comprar produtos diante da alta dos alimentos, e criticou as políticas adotadas pelo governo Bolsonaro. “A valorização do salário mínimo gerava aumento de consumo e da arrecadação do Estado”, recordou.


Para Paim, “o governo precisa pensar na retomada do crescimento. Há 13 milhões de brasileiros na extrema pobreza e muitos estão passando fome”, alertou. Ele defendeu a aprovação do projeto de 14º salário emergencial para aposentados e pensionistas do INSS, o que injetaria cerca de R$ 40 bilhões na economia.

Ele defendeu a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600. “Agora, quando o povo mais precisa, o governo quer reduzir para R$ 300”, disparou. “O Brasil precisa de uma renda básica de cidadania”, frisou.

Paim alertou também para a crise ambiental, destacando o desmatamento na Amazônia e as queimadas do Pantanal, “onde o fogo já consumiu 2,3 milhões de hectares”, disse.

Conforme o senador, “a reforma administrativa significa o desmonte do serviço público. Somos contra e vamos lutar para que não seja aprovada”. Ele conclamou os dirigentes sindicais para que participem ativamente do processo das eleições municipais.


O SINPACEL-RS participou da Plenária Estadual da CUT-RS com cinco delegados: Walter Fogaça, Adriana Boeira, Ana Paula, Gilberto Macedo e Renato Maia. Mais conteúdo da plenária é possível conferir no site da CUT-RS – cutrs.org.br

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