Pela primeira vez um presidente da República não se manifestou em rede nacional para saudar aos trabalhadores no 1º de maio – dia do trabalhador. Nenhuma manifestação do governo federal. E não por coincidência, esse é o mesmo governo que aboliu o Ministério do Trabalho e que ofereceu, no primeiro momento, duzentos reais para os trabalhadores que perderam suas rendas em razão da quarentena na pandemia.
De nossa parte, reafirmamos o fato de que é a classe trabalhadora a base essencial da produção de riquezas. Sem ela não existem os produtos, os serviços, a segurança, a saúde, os bens essenciais, a alimentação, o transporte, etc. O mundo depende das pessoas e do resultado de seu trabalho para continuar a existir e produzindo riquezas.
Vivemos uma oportunidade nesse sofrimento na pandemia de fazermos uma avaliação da nossa existência, uma reflexão do que realmente é importante e da força que devemos ter no exercício da organização coletiva. Nesse sentido, o quanto é importante o fortalecimento dos Sindicatos de Trabalhadores. A sociedade precisa de um movimento sindical organizado, ouvido e respeitado.
Percebemos que o Estado é essencial na vida de uma nação e que o mercado precisa ter uma regulação racional por parte do Estado. Percebemos, também, que o SUS – Sistema Único de Saúde - deve ser fortalecido e valorizado, a começar pelos trabalhadores da saúde, os investimentos nas redes hospitalares, na indústria de insumos necessários para que o país tenha autonomia na proteção social ligada à saúde, como preconiza a Constituição brasileira.
Percebemos a importância de manter os bancos públicos como instrumentos da coletividade, a exemplo da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, Banrisul, entre outros, pois privatizá-los seria um desserviço à Nação.
As reflexões são muitas. E o SINPACEL-RS aproveita esse espaço para também homenagear a todos os trabalhadores do Brasil e, em especial, aos trabalhadores da saúde, pois são linha de frente no cuidado das pessoas. E a nossa categoria da indústria de celulose e papel, que embora os riscos, com todo o cuidado, estão trabalhando devido suas atividades serem consideradas essenciais para a sociedade.
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