Mesmo com a chuva intensa em Porto Alegre, na terça feira (22/09), o SINPACEL-RS participou das manifestações promovida pela CUT, movimentos sociais e demais centrais sindicais, em protesto contra o tarifaço do governador Sartori (PMDB), que aumenta impostos, que irão incidir diretamente no bolso dos trabalhadores com a alta dos preços dos produtos e serviços no estado. O objetivo do protesto foi de pressionar os deputados que votariam neste dia na Assembleia Legislativa o pacote de ajustes proposto pelo governo do estado.
Depois de uma paralisação que começou às 6h30 no entorno da Estação Rodoviária, que provocou enorme congestionamento no trânsito da cidade, os manifestantes saíram em caminhada até a Praça da Matriz, onde aconteceu uma grande concentração para pressionar os parlamentares para que votassem contra o aumento linear do ICMS. Também ocorreram manifestações em várias cidades do interior do Estado, como Santa Cruz, Pelotas, Rio Grande, São Leopoldo e Gravataí, dentre outras.
As manifestações marcam a jornada estadual de greves, paralisações, atos e protestos, no dia em que o governo do estado aprovou por apenas um voto de diferença, o projeto de tarifaço e outras medidas prejudiciais ao povo gaúcho, como a extinção de fundações, a lei de “responsabilidade fiscal” estadual, a redução de serviços públicos, como saúde, educação e segurança, e implantar mecanismos de gestão privada para cortar investimentos em políticas públicas, como na agricultura familiar, e precarizar o atendimento da população.
“Estamos mostrando toda a indignação dos trabalhadores do campo e da cidade e da sociedade gaúcha contra as políticas do Sartori e protestando contra o absurdo tarifaço que, não resolverá a crise financeira do Estado, mas irá agravar o desemprego, a inflação e a economia do Rio Grande, prejudicando a produção e o consumo e penalizando a classe trabalhadora e a população”, aponta o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Queremos alertar os deputados e as deputadas de que não podem neste momento virar as costas para quem os elegeu e votar a favor do tarifaço e de projetos do governo que são lesivos aos trabalhadores, aos servidores, aos serviços públicos e ao povo gaúcho”, enfatiza.
Para Claudir, “Sartori deveria largar o pé do servidor, parar de estimular o caos para privatizar e, passados quase nove meses no Palácio Piratini, começar a governar o Estado tomando medidas concretas para cobrar os sonegadores, revisar as isenções e renúncias fiscais e renegociar a dívida com a União”. O aumento linear de impostos é profundamente injusto, pois onera mais os pobres e os trabalhadores, os que mais pagam tributos no Estado e no País. “O Rio Grande e o Brasil precisam fazer uma reforma tributária pra valer. Quem ganha mais deve pagar mais”, propõe o presidente da CUT-RS para quem “os trabalhadores não podem pagar a conta da crise”.
Defesa do patrimônio público
O coordenador da CUT Metropolitana, Carlos Pauletto, ressalta que “o governo Sartori se comporta como dono do patrimônio público e dá sinal de que quer retomar a agenda das privatizações. Só que esse patrimônio não é do PMDB, mas sim do povo gaúcho que ao longo da sua história o construiu com muita luta e sacrifícios”.
Ele salienta que “o que já foi privatizado, como a CRT e parte da CEEE, não resolveu o problema do Estado. Além do mais, cadê o dinheiro com a venda dessas estatais no governo Britto do PMDB?”, questiona.
Infelizmente, mesmo com toda a pressão das centrais sindicais, entidades de classe, dos servidores públicos e demais movimentos sociais, o projeto de Sartori foi aprovado na Assembleia Legislativa. O fato é que todos os gaúchos pagarão a conta, a partir de agora.
Participaram representando nosso sindicato, os sindicalistas Walter Fogaça, Renato Maia, Anselmo Oliveira, Leandro Jacobsen, Charles Chagas, Valdeni Morais e Solismar Silveira.
Créditosde parte do texto e foto para a CUT-RS.
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