Caros colegas, escolhi como título deste texto uma afirmação presente nos documentos que estruturam a filosofia organizacional da CMPC. Com isso, quero propor algumas reflexões: quem, com a verdade expressa no coração e na mente, quer ser atendido por trabalhadores desmotivados, com benefícios reduzidos, remunerações rebaixadas, instalações precárias e sem compromissos institucionais e duradouros com a entidade? Acho que todos nós sabemos e concordamos com a resposta: ninguém! Pois então, absurdamente são esses os reflexos das mudanças que vêm sendo implementadas com a atual diretoria da CMPC.
Se somos todos aqui na CMPC membros de uma "família", não cabe em momento algum, ainda mais durante a pandemia, aumentar o sofrimento alheio, impondo práticas punitivas infundadas, desligamentos de pessoas ou a redução de salários e mudanças nos benefícios conquistados aos colaboradores. Agir desse modo potencializa um clima de hostilidade e frustra quaisquer expectativas de preservação de boas relações. Além, reforçando o título, de não ser uma atitude conceitualmente válida, já que fere os próprios valores da companhia, presentes em sua Missão e Conduta.
Por outro lado, a imagem da empresa apresentada pelo seu presidente nas redes sociais, em entrevistas, reportagens e artigos publicados, é outra. Um ambiente criado pelos seus devaneios, por sua imaginação, pois não sustenta a prática entre os meios fios da CMPC. Cabe a responsabilidade social mínima da diretoria de não alastrar o caos e buscar o alinhamento de suas ações à filosofia organizacional, tão bem descrita e documentada.
Mantendo vivas as políticas que regem as boas relações de trabalho, esperamos que a direção da empresa estabeleça novas formas de obter resultados, lucros e atingimento de metas. Extrair do time que estrutura a base da produção é desonrar os valores presentes na política da Companhia, na metodologia hoje adotada (Sistema Toyota), mantendo distantes práticas gerenciais de uma indústria que pretende inovar, promover entusiasmo e reconhecimento ao seu quadro de colaboradores.
Existem famílias por trás da força de trabalho de cada colaborador e, por conseguinte, de tudo que aqui é produzido e realizado. É preciso resgatar a dignidade e o direito de pertencer a todos os membros da "família CMPC".
Um projeto que pretende protagonizar o futuro (Beyond) só terá sucesso se, obviamente, olhar e reconhecer com respeito o que foi conquistado, mantendo o que de fato nos motiva orgulho e fincando um não ao retrocesso, a esta prática pejorativa da retração de direitos. Colegas, não lhes parece contraditória essa lógica manifestada pela alta administração da CMPC?
Nosso “valor” não tem preço! Ele deve estar acima de tudo, deve ser um caminho percorrido com coerência, como uma decisão e uma forma digna de se viver.
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