Estamos vivenciando um cenário crítico frente ao COVID-19, que vem nos exigindo medidas cautelosas e também extremas em relação as nossas atitudes e cuidados; um exercício de empatia.
Esse vírus vem dizimando milhares de pessoas em todo o mundo, mostrando como a humanidade em si é frágil. Mesmo assim, insistimos em nos apresentarmos como seres fortes, como heróis imbatíveis. Porém, a "peste" causada por esse vírus, embora considerado de baixa letalidade, nos trouxe algo imensamente amedrontador, expondo o quanto somos de fato fracos diante de situações catastróficas.
Estamos diante da oportunidade de perceber o verdadeiro significado que deve ser praticado nas relações humanas: o valor da vida, representado no cuidado de si e do outro. Entretanto, em contrapartida, percebemos também as dificuldades que temos de pensar o coletivo, "quando suprir o necessário aos meus está acima do suprimento aos meus semelhantes".
Pois bem, o COVID-19 expôs todos os tipos de homens vestidos de poderes e suas maneiras tortas de agirem frente ao problema. Fez explodir ao mundo os efeitos trágicos de uma má gestão que, ao não dar ouvidos aos apelos de cientistas e de órgãos de saúde responsáveis, ampliaram os efeitos desta pandemia, comprometendo a população a pagar um alto preço.
Fato constatado é que esse vírus tem mais poder do que todas as nações mais poderosas juntas e vem regendo grandes estragos na vida de todos os povos no mundo: derrubando as bolsas de valores de potências mundiais; cancelando jogos olímpicos, transferindo-os para outra data ainda incerta; cancelando outros eventos esportivos importantes, como a Fórmula 1, os campeonatos de futebol no Brasil e em todos os outros países.
O inimigo invisível não respeita fronteiras, bandeiras, nem mesmo ideologias; tampouco se alguém é de esquerda, direita, centro ou de extrema direita, se é rico ou pobre, um ser humano desconhecido ou uma celebridade. Ele mata a todos sem dó e sem piedade.
O COVID-19 transformou a vida de todos os habitantes da Terra forçando, quem sabe, um equilíbrio social. Por outro lado, como na maioria das vezes, os bons exemplos vêm da nossa gente, vem do povo e, em meio a agonia dessa pandemia, cabem mais reflexões sobre os aprendizados e os fatos importantes e positivos ocorridos: o confinamento uniu mais as famílias e despertou gestos de solidariedade entre uma grande parcela da população.
Em meio à crise do Coronavírus, nasceram muitos gestos de solidariedade, resgatando a nossa capacidade de fazer e lutar pelo sentido de nossa existência. E assim precisamos continuar, pois, nesse momento, necessitamos da união de todos os humanos para vencer mais essa guerra, com foco nas vidas.
Apesar do que pensam muitos governantes e diretores de grandes companhias, que preferem manter as metas arriscando a saúde das pessoas, a maioria dos seres humanos fazem a opção sensata de proteger e salvar vidas em primeiro lugar, para depois pensar em estratégias de recuperação da economia. Afinal, a equação é esta: precisamos das pessoas saudáveis para trabalhar, para produzir riquezas convertidas em impostos, para que esses sejam utilizados como fruto do trabalho coletivo e, assim, possibilitando que autoridades e cientistas competentes apliquem os seus conhecimentos a serviço da segurança e da saúde para a manutenção da vida das pessoas.
Precisamos seguir na luta, pois garantir nossa existência é imprescindível. A luta e a sustentação desta envergadura se fazem com dinheiro (é claro!). Entretanto, a riqueza produzida tem que ser do povo (é do povo), é do trabalhador e não dos governantes. Tem de ser distribuída, compartilhada, ampliada e aplicada para o povo. Governos e empresas que, ao invés de investir na saúde e na educação da população, insistem em editar medidas para retirar até o seu ínfimo salário, reduzindo postos de trabalho, bem... entende-se que esses governos e empresas estarão agindo em concordância com o inimigo invisível. Um inimigo que agora nos ataca, nos testa e mata!
Quais serão nossos próximos passos? Quais aprendizados tirar do momento? Nossas contribuições e esforços estão sendo suficientes? O que levaremos de aprendizado desse evento? Afinal, estamos vivendo um momento de crise, uma oportunidade de evolução? Questões que precisam ser refletidas para evoluirmos. Por fim, esperamos que deste momento trágico possam germinar belas transformações!
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