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SINPACEL-RS participa de manifesto no TRT.


Apesar da chuva, do dia 09 o nosso sindicato participou das manifestações com a CUT-RS e demais centrais sindicais do estado, do ato contra a terceirização, que ocorreu bem em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, em Porto Alegre, com a participação de juízes do Trabalho e advogados trabalhistas. A iniciativa é para pressionar o Supremo Tribunal do Trabalho (STF), que estaria julgando neste dia, o recurso de uma empresa que visa a liberação da terceirização na atividade-fim, o que, se for acolhido, implicará em perda de direitos para todos os trabalhadores.

O vice-presidente de nossa entidade Walter Fogaça em seu discurso, cobrou de forma veemente: Onde está a grande imprensa nesta hora, onde está a RBS e a rede Bandeirantes? Eles não querem fazer cobertura da reivindicação da classe trabalhadora, a mídia golpista está onde sempre esteve, apoiando os ataques contra os trabalhadores, a favor do capital, destacou ele. Estavam presentes no ato, representando nosso sindicato, Walter Fogaça, Solismar Silveira, Renato Maia, Leandro Jacobsen e Éderson Boeira.

Os dirigentes sindicais se manifestaram também em defesa da Justiça do Trabalho, que tem condenado as arbitrariedades cometidas pelas empresas, a fim de garantir os direitos previstos na CLT e na Constituição. Uma representação das centrais foi recebida pela presidente do TRT da 4ª Região, desembargadora Beatriz Renck. Os sindicalistas entregaram para ela o “Manifesto dos Trabalhadores Gaúchos em Solidariedade à Justiça do Trabalho”, como forma de mostrar a importância da instituição para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

Houve também atos no interior gaúcho em frente a Varas do Trabalho, denunciando os efeitos perversos da terceirização na atividade-fim e expressando solidariedade à Justiça do Trabalho.

Direitos trabalhistas ameaçados

O ato foi aberto pelo presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, dizendo que o objetivo era chamar a atenção para o tema e também demonstrar solidariedade à Justiça do Trabalho, que ele considerou como “a última trincheira dos trabalhadores” e que também está “sob ataque”. Segundo ele, “o Gilmar Mendes (ministro do STF) fala que a Justiça do Trabalho é de quinta categoria e que atrapalha o país, mas ele fala pela boca dos empresários e fazendeiros”. Claudir frisou que “a CLT nunca foi problema para a criação de empregos, inclusive com atualizações feitas na legislação, como por exemplo, referente aos estagiários e às trabalhadoras domésticas”.

Estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que trabalhadores terceirizados ganham até 37% a menos que seus pares contratados diretamente pelas empresas. Claudir avalia que um posicionamento do STF à reclamação da empresa de celulosa abriria as portas para uma terceirização generalizada e representaria uma “verdadeira tragédia” para o trabalhador. “Eu não conheço um trabalhador efetivo que gostaria de ser terceirizado, mas todos terceirizados gostariam de ser efetivos”, ressaltou.

O secretário geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, disse que não há outra saída a não ser a unidade da classe trabalhadora para barrar os “ataques à Constituição”. Para ele, “mais uma vez estamos fazendo um movimento de resistência contra a ofensiva da direita que quer mexer em direitos consolidados”.

Créditos desta matéria para CUT/RS


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