Ao perceber que não teria os votos necessários no congresso, governo federal suspendeu proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência. Quem venceu essa batalha foram os que nunca perderam as esperanças e se movimentaram para pressionar deputados e senadores. Ganha povo brasileiro, deixa de lucrar mais o poder econômico. É só uma batalha, pois o poder econômico tentará em outras oportunidades vencer essa guerra, pois só de superávit em 15 anos (2000 a 2015) a Previdência gerou mais de R$ 2 trilhões, esse mercado é cobiçado por bancos nacionais e internacionais que querem que a população tenha dificuldades de se aposentar pela Previdência Pública e migrem para a previdência privada.
Mas, quem do povo brasileiro se movimentou para barrar a reforma da Previdência? Principalmente o movimento sindical, através da CUT e demais centrais sindicais, junto com o movimento social, CNBB, partidos de esquerda, organizações sociais, como a Frente Brasil Popular, Povo sem Medo, etc. Foram feitas diversos movimentos, com greves e mobilizações em todo o Brasil, criando materiais para esclarecer a população da farsa do déficit da Previdência, principalmente após as conclusões dos trabalhados da CPI da Previdência Social, presidida pelo Senador Paulo Paim, CPI essa, que foi escondida pela mídia brasileira, pois contraria a vontade do governo Temer e do poder econômico.
Foram seis meses de trabalho, onde foram ouvidos técnicos, professores, doutores, economistas, trabalhadores, empresários, fiscais previdenciários, entidades, governos e parlamentares. Demonstrou que a Previdência é superavitária e a reforma não tem motivo para existir, cujo objetivo é de entregar a “galinha dos ovos de ouro” para o mercado financeiro.
Do que já foi feito no governo Temer: congelamento do orçamento social por 20 anos, terceirização na atividade fim das empresas, Reforma Trabalhista retirando direitos e a tentativa da Reforma da Previdência são todas ações que pagam ao grande capital seu investimento no Golpe que o Brasil está sofrendo. Essa é a visão de muitos brasileiros que já perceberam o quanto o Brasil está retrocedendo em avanços sociais e na sua soberania, frente aos países desenvolvidos.
Walter Fogaça
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