Combate ao assédio moral e sexual
Há alguns anos, o mercado vivencia, de modo mais intenso e possivelmente estimulado pelas novas gerações que chegam ao mercado de trabalho, um crescente movimento em prol de ambientes de trabalho éticos e saudáveis, que promovam bem-estar em suas relações. Nas empresas de nossa base não é diferente. Seus meios de comunicação têm apresentado intenções e projetos que pretendem estimular práticas inclusivas e salutares. Porém, apesar do empenho institucional, algumas pessoas ressurgem, trazendo consigo a total incoerência com relação à proposta.
Enfim, do que estamos de fato falando? Estamos, na verdade, tratando de assédio. Assédio nas mais diversas e assombrosas formas de existir. Que tremendo absurdo imaginar que pessoas (principalmente mulheres), nos ambientes de trabalho, ainda sejam vítimas desta prática. Assédio moral e sexual, como pode? Uma ação que expõe de maneira prolongada e repetitiva colaboradores a ataques, provocando constrangimento, humilhação e, ainda, ameaçando seu emprego e/ou degradando o clima de trabalho.
Segundo informações do CNMP, Conselho Nacional do Ministério Público, os assédios moral e sexual causam perda de interesse pelo trabalho e do prazer de trabalhar, desestabilizando emocionalmente e provocando não apenas o agravamento de moléstias já existentes, como também o aparecimento de novas doenças.
Recentemente, assistimos a relatos de mulheres de fibra da CMPC manifestando suas posições de empoderamento e conquista, algo realmente lindo. Como podemos permitir que pessoas incapazes de reconhecer essa luta possam agir com práticas inadequadas? Algo insustentável de digerir.
É preciso combatê-los, denunciá-los e expulsá-los. E esse movimento deve ser feito por todos – homens e mulheres. A luta é de todos. Os homens são pais de meninas, têm parceiras que representam a classe feminina, irmãs que simbolizam a força da mulher e TODOS são filhos de mulheres guerreiras. Mulheres que ensinam e guiam. Mulheres são portais para a vida.
A sustentabilidade do bom clima das organizações precisa manter distante as práticas de assédio. Isso deveria ser imperativo. Neste sentido, é inaceitável que constantes piadinhas sexistas, perseguições, exposição a situações vexatórias, supervisão excessiva, ameaças, exigência de tarefas impossíveis, críticas grosseiras, utilização de palavras de baixo calão, “brincadeirinhas” inapropriadas e cantadas continuem presentes nas relações de trabalho.
Esse tipo de acontecimento nas empresas deve ser denunciado e investigado. Algumas empresas mantêm seus canais de denúncia a exemplo do que temos na CMPC. Os trabalhadores(as) são orientados a utilizá-lo sempre que qualquer prática destoe das orientações presentes nos códigos ou nas leis da empresa e também fora dela.
Infelizmente é questionável em algumas empresas a credibilidade deste canal. Contudo, o Sinpacel-RS deve sempre ser acionado para combater qualquer forma de assédio.
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